Obra
prima
Teu
corpo nu, pele esbranquiçada
Confunde-me
a uma folha em branco.
O
desejo versus a ânsia de escrever-te
Pinceladas
entre páginas em vão.
A
espera d’um gozo advindo daquela escrita orgasmoniosa
Provinda
do tesão inspiratório que transmite-me impiedosamente.
Não
há borracha que apague qualquer tipo de erro
Nem
corretivo que tente limar nosso desejo esparramado entre lençóis.
Deitada
sobre a cama remete-me a uma obra de arte incompleta
À
espera do enquadro final e da moldura satisfatória
Pela
qual o autor se vanglorie de sua arte e,
Principalmente,
A
fonte, a artista, a modelo ou a musa...
Se
eternize pelas suas curvas.
Curvas
essas que, borradas às escritas
Faz-te
com que sejas plasticamente bela!
Fantástico!
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