Ensina-me

Ensina-me a te amar normal, não muito

Pois te amar demais me faz perder o rumo.

Ensina-me a pensar menos em você

Pois um dia não é suficiente... Você não sai da minha mente.

Ensina-me a te ver só em você

Pois tudo o que eu vejo me leva a crer que vais aparecer.

Ensina-me a te sentir só de vez em quando

Pois tudo o que sinto, te chamo.

Ensina-me a te querer moderadamente

Pois a saudade mata e a distância nem sempre é amiga da gente.

Ensina-me tudo isso. E se eu não aprender...

Tudo o que me ensinastes foi em vão.

Mas, sem me arrepender

Continuarei amando você...

Para sempre.

Às avessas

Há uma linha tênue entre

Começar pelo final e terminar contigo desde o início.

Sua ida, na partida, remete-me ao princípio.

Já em sua chegada, tudo ou nada... Não sei mais onde fico.

Às avessas te encontro

Penso que é você... Mas nem te conto

Sou eu mesmo. Confuso aos desencontros

A esmo navegando em pensamentos.

Meu barco a vela...

Nele, você nela.

Pela janela, vejo o sol abrilhantando a noite

E a lua raiando pela manhã...

Nele, você nela.

Nela, em minha mente.

Confundindo-me com aquele olhar inocente

Deixando-me sempre o desejo inconsequente.

No entanto, às avessas, só as dúvidas

É só revirar, desembaraçar, sacudir...

Que logo a certeza de você faz-me sentir...

Você sabe...